Eu confesso que morando fora há alguns anos, me sinto assim constantemente. E, por muito tempo, isso me fez me sentir mal, confusa sobre minha identidade.
A sensação é que, não importava onde eu estivesse, eu sempre me sentia como um peixe fora d’água, fora do meu habitat natural, diferente da maioria das pessoas que estavam ali.
O sentimento é legítimo e se sentir diferente, inadequado, pode ser algo comum para quem mora em outro país por um longo período, mas isso não deveria ser visto como se você não pertencesse a lugar algum. Muito pelo contrário, agora o mundo é sua casa.

Quando a gente mora fora, tem a oportunidade de conhecer novos comportamentos, realidades, possibilidades. Em cada lugar novo que vivemos, descobrimos algo bom, que combina conosco e incorporamos isso a nós. Por outro lado, reconhecemos que determinados costumes e comportamentos da nossa origem não nos cabem mais e deixamos isso pelo caminho. No fim, vamos montando nosso quebra-cabeça com peças novas e criando uma identidade única, que é menos dependente da cultura e mais livre para ser quem realmente se é.
Se sentir diferente é bom. Ser diferente requer coragem e autoconhecimento. Minha recomendação é que você honre esse sentimento, que celebre todas as partes desse quebra-cabeça único que fazem você ser quem é.
Se você está passando por isso, conversar com um psicólogo pode te ajudar a entender melhor esse momento. Você pode agendar uma consulta inicial gratuita de 15 minutos comigo clicando aqui.